As melhores séries da atualidade

Ultimamente eu tenho assistido somente a séries. Traí o movimento fílmico, eu sei. Mas a “vicialidade” de certos seriados torna impossível a abstinência dos mesmos. O grande diferencial de acompanhar uma série é que, se você gostar muito do primeiro episódio, sabe que terá ao menos mais 12 para assistir (7, no caso de Breaking Bad). A atuação tem que ter mais dedicação, afinal, trata-se de manter um mesmo personagem por, em algumas vezes, 10 anos.

Roteiros tão bem trabalhados, somados de um elenco afiado e uma direção impecável me levaram a criar a minha lista das melhores da atualidade – em breve as melhores de todos os tempos. Em ordem decrescente, confiram as melhores:

10. Person of Interest – Uma das maiores surpresas do ano, eu já ansiava por sua estreia, baseando-se apenas no elenco. Criada por Jonathan Nolan, brother de Chris Nolan, e protagonizada por Michael Emerson (Benjamin Linus, Lost) e Jim Caviezel (Jesus, A Paixão de Cristo), a série narra a história de Harold Finch, um gênio bilionário que criou uma máquina capaz de antever crimes. Depois de ter seu projeto rejeitado pelo governo americano, ele decidiu agir por conta própria. Porém, por possuir (ainda inexplicadas) limitações físicas, ele precisa de ajuda. Entra John Reese, um ex-agente da CIA, que abandonou a agência e agora é procurado pela mesma. Até o 12º episódio, se eu não me engano, a série aparentava ser mais uma procedural – a de casos da semana. Ledo engano. Uma ótima trama se desenvolve linearmente enquanto os tais casos de semana acontecem.

9. Homeland24 horas acabou, que pena, todos os fãs ficam tristes. Alto lá! Temos Homeland. Uma série que quiçá supera 24 horas. Porque, convenhamos, por mais foda que fosse Jack Bauer, uma série cujo plano terrorista inteiro era desfeito em 24 horas era meio forçada. Uma trama que vai sendo construída e revelada gradativamente tem um crédito maior. Homeland é centrada na história de um prisioneiro de guerra (Damian Lewis, Band of Brothers) que após 8 anos mantido em cativeiro é resgatado numa operação. Ele retorna aos EUA como herói, e uma oportuna brecha do governo americano para justificar a guerra no Iraque e Afeganistão. Porém, uma paranóica agente da CIA desconfia que o soldado mudou de lado. Agora ela precisará provar isso. Melhor que 24 horas. PRONTO FALEI!

8. The Walking Dead – A série começa com uma conversa entre os dois amigos e colegas policiais Rick Grimes e Shane Walsh. Resumindo: Rick é baleado e entra em coma. Quando acorda, o hospital está vazio e descobre que zumbis dominaram a região. Nunca fui fã de nenhum filme sobre os já enjoativos zumbis. Madrugada dos Mortos e afins passavam longe dos meus olhos. Então por que assistir uma série onde o foco são os próprios? Simplesmente pelo sucesso dela. Sim, fui atrás da maioria. E não me arrependi. Engana-se quem pensa que The Walking Dead é sobre os humanos fugindo dos zumbis. Na verdade é, mas não somente. Conflitos pessoais, viradas de mesa espetaculares, arcos dramáticos executados com perfeição. Talvez o único ponto negativo são as atuações que não chegam a ser negativas, mas deixam a desejar um pouco.

7. Sherlock – Aqui está uma incógnita que eu mesmo me questiono. Por que não está mais bem colocada? Talvez seja a quantidade de material. Pois a qualidade se equipara às melhores. Para quem já se acostumou agora a ter a imagem de Robert Downey Jr. na cabeça quando se fala de Sherlock Holmes, a série quebra esse parâmetro e ainda vai além. Moderniza a história, porém de uma forma que não afeta sua essência principal. O detetive egomaníaco que não admite, mas depende muito de seu parceiro conivente com as loucuras. Sem falar na química afiada de Benedict Cumberbatch e Martin Freeman, como Sherlock e Watson, respectivamente. Digo sem entregar nada: até agora estou tentando decifrar o final da segunda temporada. Quem assistiu sabe muito bem do que estou falando.

6. The Mentalist – Patrick Jane levava com um vidente charlatão. Até irritar o serial killer Red John, que decide assassinar filha e mulher de Jane. Agora para encontrar seu algoz, Jane entra para a equipe de investigação da CBI e emprestar sua inteligência para solucionar crimes. Uma série que, admito, está aqui melhor posicionada que algumas somente pelo fato de eu ser fissurado em Patrick Jane. Seu sorriso canastrão, o jeito completamente peculiar de resolver casos de assassinato e a completa fuga do cotidiano marcam esse interessante personagem. E The Mentalist, ainda que seja procedural, tem um fundo dramático fortíssimo. Não só com Patrick e seu rival Red John (ainda farei um post sobre uma teoria louca que inventaram), mas também com a paixão platônica entre Rigsby e Van Pelt (que nesse último ano deu uma reviravolta, já que é ela que está sofrendo por ele); o avanço de Cho ao mostrar que sim, ele tem sentimentos! Sem falar na ótima dualidade proposta sobre Lisbon, ora mostrando a dificuldade dela em lidar com as constantes peripécias de Jane, ora revelando o seu conflitante lado pessoal.

5. Boardwalk Empire – Quem vê minha lista dos melhores filmes já percebe: O cara aqui é fissurado na Máfia. Não me prolongo em explicar o porquê, isso é assunto para ter um post dedicado. Então podem imaginar a felicidade da criança ao receber a notícia de que mais uma série mafiosa seria produzida. E por quem? Pela fucking HBO! Em Boardwalk Empire, Steve Buscemi interpreta Enoch “Nucky” Thompson, o poderoso tesoureiro de Atlantic City que se esconde atrás de seu posto político para acobertar sua verdadeira “profissão”: um temido gângster que vê na recém imposta Lei Seca a chance de enriquecer mais ainda. É, ele não é italiano, porém trabalha juntamente à família de Chicago, chefiada por Johnny Torrio e que tem como soldado o então jovem Al Capone. Inclusive, essa mescla de personagens reais e fictícios dão uma ótima veracidade à série. Porém, pra mim, o ponto máximo da série é a fantástica atuação de Steve Buscemi, que finalmente foi dado o devido teor dramático, depois de passar um tempão compondo o grupo de apoio aos filmes de Adam Sandler. Pra quem já via visto um traço da atuação de Buscemi em Fargo e Cães de Aluguel, a série nos dá a prova final. Sem falar no elenco de apoio, mas não ficarei aqui citando um por um. O figurino e a direção de arte também merecem todos os prêmios possíveis. Basta dizer que a série é fantástica, com o selo de qualidade HBO.

4. Dexter – Dexter! Oh Dexter, que doce surpresa me proporcionastes. Plote: Um serial killer desprovido de qualquer emoção, que mata apenas aqueles que merecem. Por trás dessa personalidade sanguinária dele, ele “interpreta” um carismático analista de sangue da polícia de Miami. O próprio Dexter narra o episódio revelando, assim, os pensamentos sombrios que ele possui toda hora. Como é uma série que já se encaminha para a sétima temporada, me aterei à primeira, quando os personagens principais e secundários são apresentados. O já lendário “Ice Truck Killer” é o vilão da primeira temporada. Uma escolha fenomenal, ainda mais quando somada à revelação final. Um breve comentário sobre a evolução do seriado passando pelas temporadas: a proposta inicial de Dexter seria de um personagem desprovido de emoções e ele mesmo afirma isso inúmeras vezes. Porém, esporadicamente vemos uma leve demonstração de afeto, especialmente com a Debra e mais explicitamente ainda com seu filho. Dexter está entre as melhores da atualidade por justamente e quase que exclusivamente ter essa história completamente original (é baseada num livro, mas a série tem suas originalidades essenciais). O único ponto negativo? A Debra, intepretada por Jennifer Carpenter (a guria possuída de O Exorcismo de Emily Rose). Mas isso é pura implicância, nunca fui com a cara dela.

3. Breaking Bad – Walter White é um professor de química certinho que leva uma vida normal com a mulher e seu filho. Tudo muda quando ele descobre que tem câncer terminal. Com medo de que sua família viva na miséria quando ele morrer, o professor começa a produzir metanfetamina. E começa assim o seriado. A última vez em que entrei de cabeça tão ferozmente foi com Lost. Minha sorte é que comecei a assistir Breaking Bad quando a mesma já se encaminha para a 5ª temporada. Ou seja, assisti as temporadas em sequência e, dessa forma, pude captar a essência da série. Breaking Bad era daqueles seriados que eu ouvia falar, ouvia os elogios, mas por uma razão desconhecida, nunca assisti. Uma das melhores séries da atualidade estava ali, aguardando que o cabeça-dura aqui cedesse 46 minutos do seu tempo para assisti-la. Dentre todas as fortes qualidades da série, destaco uma: a escolha do elenco. Com exceção de Band of Brothers e The Sopranos, nunca houve uma escolha tão bem realizada de atores. Claro, Bryan Cranston (intérprete do personagem principal, Walter White) está no topo. Ele sabe nivelar bem as duas polaridades – criminoso e pai de família – de seu personagem e, principalmente, sabe dar espaço aos outros personagens de modo que a série não vire um House. Outro ponto extremamente visível logo no primeiro episódio é o roteiro que foge do clichê. Nada de historinhas que seguem fielmente a “maneira certa” de narrar uma história. Utilizando a técnica de revelar o final do episódio no início do próprio, o diretor/criador/roteirista Vince Gilligan prepara o terreno e cabeça do público para o que virá a seguir. Aaron Paul (Jesse Pinkman, parceiro de Walt) e RJ Mitte (Walter Junior) são os outros dois grandes atores que dão consistência à série. Minha implicância da vez: Anna Gunn (Skyler, mulher de Walt) não me convence com suas atuações forçadas. Fora isso, como se diria aqui no RS, que baita seriado, tchê!

2. Game of Thrones – Falar sobre o plote de Game of Thrones é bem difícil. Essa já é a primeira qualidade do seriado: ter uma história tão complexa e bem montada que fica difícil resumi-la em linhas. A série se passa em Westeros, uma terra reminiscente da Europa Medieval, onde as estações duram por anos ou até mesmo décadas A história gira em torno de uma batalha entre os Sete Reinos, onde duas famílias dominantes estão lutando pelo controle do Trono de Ferro, cuja posse assegura a sobrevivência durante o inverno de 40 anos que está por vir. Julgando pela primeira temporada, Game of Thrones seria a melhor série da atualidade. Porém, a segunda – e irregular – temporada desceu a série para o segundo lugar. Nada que tire o brilho desse grandioso épico. Falei que a season 2 foi irregular, não ruim. Irregular quando comparada à perfeição da primeira. Mesmo assim, Game of Thrones voltou esse ano ainda abrindo bocas aos finais dos episódios. Toda a mistificação que já ronda o seriado, se deve a habitual dedicação da HBO em realizar um trabalho o mais próximo possível da perfeição. Logo no primeiro episódio, vemos um cenário incrivelmente fiel ao livro, com uma enorme precisão nos detalhes, seja nos figurinos ou nos tons fracos. O elenco tem uma atuação regular; não compromete, não acrescenta. A exceção, obviamente, fica com Peter Dinklage, intérprete do anão Tyrion Lannister. Não só pela sua magnífica atuação, mas pela evolução do personagem dentro da série. Ele começa sendo apenas um dos herdeiros da poderosa família Lannister que, por ser um anão, é desprezado pelo pai. Entretanto, possui todas as vantagens de pertencer à nobreza e, no início, gasta o tempo em bebedeiras e prostitutas. No final da segunda temporada ele já estará liderando um exército…

1. Mad Men – Sou só eu, ou depois de assistir Mad Men dá uma vontade enorme de tomar whisky? Brincadeiras à parte, tentarei aqui exaltar todas as qualidades da série mais elegante da TV – e arrisco a dizer de todos os tempos. Resumindo seria assim: tudo é positivo. Atuações, montagem, figurino, fotografia, roteiro, TUDO. Aquela elegância clássica dos anos 60 é transposta fielmente na série. Quem assiste se sente realmente na época de ouro dos EUA. Também é interessante presenciar o enorme crescimento das empresas de publicidade da época, acompanhando o dia-a-dia da Sterling Cooper (futura Sterling Cooper Draper Pryce), empresa em que trabalha Donald Draper, o personagem principal – um dos melhores personagens principais, diga-se. Don Draper mereceria um post completo aqui, tamanha é a complexidade do personagem. De início parece um mulherengo beberrão e gênio da publicidade; noutra hora nós vemos um pai de família e gênio da publicidade. Não gosto de comentar muito sobre o restante do elenco, mas aqui vale uma exceção. Roger Sterling (John Slattery dando aula), depois de Don, é o personagem mais divertido e interessante da série. Suas tiradas malandras, à la Tony Stark, sempre dão uma quebrada no cotidiano relativamente sério dos personagens. Uma série que não pára de surpreender seus fãs e que, com certeza, é a melhor da atualidade!

Sim, eu sei que terão trocentas séries que não apareceram aqui. Mas assistir 10 séries ao mesmo tempo já não basta?

O ano começou

É, e daí? As pessoas insistem tanto em criar todo esse estereótipo de ano novo, vida nova, que acaba não percebendo que todos os anos são iguais. Eu não posso fazer aquela lista que os sabichões da internet fazem, identificando detalhadamente todos os fatos da sua vida e fazendo você pensar “Deus, isso é a pura verdade”. Não, até porque não sou psicólogo. Apenas posso dizer isso: o seu ano será o mesmo que passou! Sim, eu sei dos eventos paralelos, pequenas felicidades que ocorrem em alguma parte do ano, mas eles não são para todos e eu estou generalizando. Até porque, de certa forma, esses eventos fazem parte das normalidades anuais. Terão as decepções e as felicidades, ainda acham que não é igual?

Já que cinema é o que me agrada (além de mulheres, mas eu estou namorando, então não é algo muito aconselhável ficar comentando), vamos para ele. O cinema, ao contrário da sua vida, é muito diferente. 2011 foi um saco. Teve sim filmes bons, mas nada empolgante. Nesse ano a situação já é oposta. Já agora no início temos Sherlock Holmes 2, A Invenção de Hugo Cabret, J. Edgar, Millenium, Os Descendentes, Cavalo de Guerra, O Homem Que Mudou o Jogo e Os Vingadores – eu devo ter esquecido de algum, com certeza. Mais além, Homens de Preto 3, a aguardadíssima ficção Prometheus, o novo Homem-Aranha, o futuro terceiro melhor Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Completando o ano ainda teremos Bond 23, O Hobbit e Django Unchained. Esse último disputará com Batman o título de melhor filme do ano. Quentin Tarantino com o elencaço recrutado? Não preciso mais dizer nada. Alguém tem dúvidas de que esse será um maravilhoso ano para quem gosta de sentar numa confortável poltrona e comer pipoca olhando para uma gigante tela onde o melhor da vida nos é transmitido por atores e diretores?

No mundo das séries, o mais empolgante de 2012 será a volta de Mad Men, que, sem motivo algum, deixou 2011 passar em branco. Além disso, teremos a volta de Boardwalk Empire, Dexter, Game Of Thrones, The Mentalist e Person of Interest. Um pequeno detalhe para quem é fã de Dexter: eu estava vasculhando o IMDb logo depois que o último episódio da série foi lançado, e um pequeno spoiler foi entregue no título do primeiro episódio da 7ª temporada. “Doakes Returns” é o nome, que foi retirado rapidamente do ar. Doakes, para quem não se lembra, era o sargento linha dura das duas primeiras temporadas de Dexter, e o único que descobriu a verdadeira identidade do nosso anti-herói. [SPOILER] Como ele foi morto por Dexter, eu interpretei o título como um paradoxo, indicando que o mesmo conflito que Dexter possuía com Doakes agora se desenrolará entre ele e sua irmã Debra, já que agora ela sabe quem Dexter é na verdade, no final “quebra-queixo” da 6ª temporada. Suposições meus caros, suposições. Mesmo assim, a sexta temporada ainda não resgatou a qualidade infinita que as duas primeiras nos apresentaram. Quanto às outras, vemos histórias construídas para atingir o clímax, com destaque para Boardwalk Empire e Person of Interest.

Quase que igual à Dexter, o final da 2ª temporada de Boardwalk foi chocante. Nucky Thompson matou Jimmy Darmody! Para quem achava que, pelo que a temporada aparentava, Nucky iria sucumbir e Jimmy tomaria o poder, vemos no final do último capítulo Nucky, interpretado cada vez melhor por Steve Buscemi, brindando com seus comparsas a retomada do poder. Além disso, será interessante ver o agora ex-agente Nelson Van Alden resolver sua vida como um fugitivo da lei que ele tanto defendeu. Meu palpite? Vai entrar pro crime organizado.

Agora vamos para minha mais agradável surpresa de 2011. Person of Interest estreou sendo taxada de mais uma procedural, as séries em que a história acaba no fim do episódio. A partir do sétimo episódio, se eu não me engano, vemos a série tomar um rumo totalmente linear, quando o chefe da Máfia Elias entra para a história. Outro momento emocionante – pra mim – foi quando o ator Alan Dale participou de um episódio. Para quem não se lembra, ele interpretava Charles Widmore em Lost, arqui-inimigo de Benjamin Linus, interpretado por Michael Emerson, que é um dos protagonistas de Person. Ver os dois novamente juntos relembrou muitos bons momentos. Mas cansei de dar spoilers, como a série está no início ainda, baixem e assistam!

Eu comecei a escrever isso há uns 4 dias e só fui me lembrar que esse texto existia agora. Bem, o que mais? Temos uma promessa de lançamento de um novo álbum do U2 para o fim de 2012. É só disso que eu me lembro (agora) meus queridos. Tenham um ótimo 2012, mesmo que ele seja igual. Ah, e NÃO, a merda do mundo não vai acabar em 21 de dezembro porque o calendário Maia acaba nessa data. Tentarei explicar: já perceberam que na maioria dos celulares – o meu é antigão, talvez já tenha mudado – o ano acaba em 2099? Então isso quer dizer que o mundo vai acabar em 2099 porque a civilização Nokia disse? Então fiquem quietos os idiotas que acreditam nessa baboseira e deixem nós vivermos nosso ano em paz!

O que esperar do cinema para o final do ano?

Nada de bom, então eu passarei direto para o início de 2012. Quisera eu saber de todas as estreias de filmes bons para o início do ano que vem. Não sei, mas tentarei destacar aqui os que me chamaram a atenção. Antes de mais nada, ressalto que tratam-se apenas de filmes do meu gosto, o que alguns poderão classificar como os “filmes chatos de um cinéfilo pseudo-intelectual babaca”. Se eu estivesse escrevendo no Cinema Com Rapadura, que é onde eu “trabalho” atualmente, a imparcialidade estaria presente em meu texto. Porém, felizmente, aqui é o meu blog, logo, se eu quiser recomendar um filme da Xuxa eu o farei – mas não se preocupem, eu nunca em sã consciência cometeria tal gafe.

Primeiramente, por eu ser completamente apaixonado pelo currículo impecável, a genialidade e a perfeição de Martin Scorsese, eu recomendo a fantasia A Invenção de Hugo Cabret. A história acompanha Hugo, um garoto de 12 anos que vive em uma estação de trem em Paris no começo do século 20. Seu pai, um relojoeiro que trabalhava em um museu, morre momentos depois de mostrar a Hugo a sua última descoberta: um androide, sentado numa escrivaninha, com uma caneta na mão, aguardando para escrever uma importante mensagem. O problema é que o menino não consegue ligar o robô, nem resolver o mistério. Destaque para um renomado e peculiar elenco, com nomes como Sacha Baron Cohen (o Borat), Ben Kingsley, Christopher Lee (o Saruman), Richard Griffiths (o tio Válter, da saga Harry Potter) e, mulheres, Jude Law. No roteiro, um cara que contribuiu num dos melhores roteiros que Hollywood já viu, John Logan de O Gladiador. O longa estreia em 20 de janeiro do 2012.

Na segunda semana de janeiro, no dia 13 de janeiro, teremos a estreia de Sherlock Holmes 2 – O Jogo de Sombras, um filme que talvez minha opinião possa não parecer muito crível e racional, pois, além de ser fascinado pelas histórias do detetive inglês e de seu elementar e caro Watson, eu já afirmei inúmeras vezes aqui no blog a minha imensa admiração por Robert Downey Jr. como ator, inclusive dizendo (e sustento) que ele é o melhor ator da atualidade. Bom, vamos à história da sequência, shall we? Por toda sua vida, Sherlock Holmes sempre foi a pessoa mais inteligente do lugar onde estava… até agora. Ao conhecer o professor Moriarty, Holmes não descobre apenas o seu equivalente intelectual, mas o seu maior inimigo, e a completa falta de consciência de Moriarty pode até fazê-lo melhor do que o detetive. Tudo isso será testado quando o príncipe da Áustria é encontrado morto, e Holmes, indo contra todas as evidências, deduz que o monarca não se suicidou, mas foi vítima de Moriarty como peça de um quebra-cabeça muito mais ambicioso. Enquanto ainda tem que lidar com os ciúmes do seu irmão, Mycroft Holmes, e o seu eterno aliado Watson ainda tenta se casar com a sua noiva, Mary Morstan, Holmes e Watson se unem à misteriosa cigana Sim, que tem uma ligação não explicada com o falecido príncipe austríaco, e os três embarcam numa viagem ao redor do continente, revelando um plano que pode levar a uma rede de destruição, e no qual Moriarty parece estar sempre um passo à frente de Holmes. Todos os atores principais do primeiro filme – Jude Law, Rachel McAdams – retornam, com a inclusão britânica de Jared Harris – que faz uma ótima participação, quase que fixa, em Mad Men – e Stephen Fry.

O dia 27 de janeiro será uma data em que eu gastarei uma boa quantidade de dinheiro. Bem gasta, ao menos. São três excelentes longas-metragem que estrearão nessa data. Começo pelo meu mais bem cotado no quesito espera: J. Edgar, filme dirigido pelo veterano Clint Eastwood e estrelado por Leonardo DiCaprio. Como o nome já sugere, J. Edgar é a cinebiografia de J. Edgar Hoover (DiCaprio), primeiro diretor do FBI. Por quase 50 anos, Hoover foi admirado e temido. O filme abordará suas decisões à frente do FBI, mas centrará na trama que envolve sua vida pessoal, especialmente sua afeição a Clyde Tolson, relação que poderia ter destruído a carreira de Hoover, caso fosse descoberta pela grande mídia da época. Filmaço.

O segundo do dia 27 é de um diretor que eu admiro muito, pois possui um currículo praticamente impecável. Millenium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres pode ter um título estranho, mas é dirigido por David Fincher, logo, uma película boa. O filme é uma refilmagem de um longa homônimo dinamarquês, lançado em 2009 e ganhador do BAFTA – principal prêmio do cinema britânico. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada – o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Henrik está convencido de que ela foi assassinada e entrega o caso nas mãos de Mikael Blomkvist, um jornalista investigativo cuja carreira e credibilidade se encontram ameaçados após um processo por difamação.Estão no elenco Daniel Craig (o atual James Bond), Rooney Mara (que fez a namorada de Mark Zuckerberg em A Rede Social, dirigido por Fincher), Christopher Plummer (agora, na minha cabeça, vem o filme O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus, o qual ele fazia o papel-título) e Stellan Skarsgård (que vivia o Chuck, em Dogville).

Fechando com chave de ouro o dia, temos Os Descendentes, filme elogiadíssimo pela crítica internacional, dirigido e escrito por Alexander Payne, responsável pela direção e roteiro do excelente Sideways, que rendeu o Oscar de Melhor Roteiro ao diretor.  A trama conta a história de um pai que é completamente afastado da família, porém se vê obrigado a cuidar de suas duas filhas após sua mulher sofrer um acidente barco. Agora, o pai precisa religar os laços perdidos durante anos com as suas filhas. Sim, essa sinopse parece um tanto clichê. Porém, assistam o trailer a seguir e tirem suas conclusões se será clichê ou não:

O último filme da minha seleção já não pode ser considerado tão de início de ano – estreará em 27 de abril. Porém, devido à sua importância gigantesca para o ano de 2012 no cinema, ele não poderia deixar de ser citado aqui. Trata-se de Os Vingadores, um dos filmes mais aguardados de todos os tempos. É dirigido e escrito por Joss Whedon, que, se eu não me engano, foi o criador da série vampiresca Buffy. O elenco é formado por Robert Downey Jr. – que, assistindo ao trailer, especula-se que seja o centro do filme -, Chris Evans como o Capitão América, Jeremy Renner como Gavião Arqueiro, Scarlett Johansson (gostosa) é a Viúva Negra, Mark Ruffalo fará o esquentadinho Bruce Banner e Chris Hemsworth é o deus nórdico Thor. Esses são os Vingadores, mas ainda tem o restante do elenco, que também possui nomes fortíssimos. Visitem a página do filme no IMDb e se inteirem no elenco completo.

É isso gurizada, são poucos mas são apenas para iniciar o ano cinematograficamente bem. Podem apostar que eu farei um post semelhante para a metade do ano. O ano de 2012 promete para quem ama a sétima arte.

A volta dos que não foram

Pois é, não foi dessa vez que eu deixei de lado definitivamente o blog. A razão dessa ausência mais longa do que as habituais é a de que eu estou agora trabalhando no Cinema Com Rapadura, fazendo o que mais gosto: escrevendo – sobre cinema ainda. Porém eu senti uma enorme falta do blog. Justamente por poder empregar um pronome na 1ª pessoa do singular. Para quem quer ser jornalista, como eu, exercitar a estrutura de uma notícia e, porque não, se adaptar com o clima de uma redação, ainda que não seja algo definitivo, é essencial. Mas de vez em quando, expôr livremente sua opinião, faz muito bem à mente. Na verdade, o blog aqui vai acabar virando um blog no sentido literal da palavra, o meu refúgio. Vídeos, fotos e fatos sobre o cotidiano continuarão figurando por aqui, contudo, de forma mais branda.

Pois então vou liberar uma parcela do conteúdo que eu fui reunindo enquanto não atualizava o blog. Eis:

Só não assisto esse Blue Mountain State. O resto, perfeito.
Genial ilustração, que resume a vida inteira de Michael Jackson.

Interessantes pensamentos.

Sentando LIKE A BOSS.

Vídeo que lista 25 cenas feitas por puro improviso.

 James Cameron e sua pequena câmera.

Mestre Charlie Harper. R.I.P

EPIC WIN.
 

Inception na vida real.

Mais um dos infames LIKE A BOSS.
 

Os 10 maiores fracassos do cinema em 2011.
 

Ponte interminável.

Podia muito bem ter acontecido.
 

Hugh Hefner mostrando o que faz quando está entediado.
 

Era isso meus caros, espero que (os poucos que acessam esse humilde blog) tenham gostado. E para quem percebeu alguma semelhança, sim, eu me inspirei na coluna que o Jurandir Filho, dono do CCR e meu atual patrão, possui. A propósito, hoje saiu mais uma edição da coluna, clica aqui e vai lá dar uma conferida!

Os nomeados ao Globo de Ouro 2011

A maior premiação do cinema mundial é o Oscar. Porém todos ficam de olho no Globo de Ouro para saber qual será o cenário original dos prêmios da Academia. De fato, o Globo de Ouro é tão conceituado quanto o Oscar. Saiu há dois dias atrás a lista dos indicados. Nada de surpresa. O aclamado (lá fora) O Discurso do Rei lidera com 7 indicações. O queridinho dos críticos A Rede Social recebeu 6 indicações. O meu predileto, A Origem, recebeu apenas 3 indicações.

Confira abaixo os indicados a Melhor Filme e seus respectivos trailers:

O Discurso do Rei

A Origem

O Vencedor

Cisne Negro

A Rede Social

A corrida para a consagração foi dada. Não há como negar que a disputa desse ano será provavelmente uma das mais acirradas nos últimos tempos. O Discurso do Rei, Cisne Negro e O Vencedor ainda não estrearam no Brasil, então nossa torcida brasileira fica dividida entre A Origem e A Rede Social.

Segue no link abaixo a lista de todos os indicados, incluindo os indicados da TV.

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Os vencedores do Emmy 2010

Aconteceu ontem a cerimônia de entrega de prêmios do Emmy Awards, maior premiação da TV mundial. De cara, começo criticando o prêmio de Melhor Série Dramática, que acabou indo para Mad Men. O ano de 2010 foi o ano em que a maior série de todos os tempos encerrou com estilo a jornada. Lost não ganhou nenhum prêmio no Emmy, nem Terry O’Quinn, com sua memorável interpretação de John Locke.

Em todo o caso, prefiro me abster nos comentários para não gerar as discussões de sempre. Só me aventuro a fazer mais um. A interpretação de Eric Stonestreet em Modern Family foi excelente, mas não chegou aos pés de Jon Cryer, que interpreta hilariamente o Alan de Two And A Half Men.

Obviamente concordei com vários prêmios, em especial o prêmio de Melhor Minissérie, vencido com total justiça por The Pacific. Jim Parsons, mais conhecido como o nerd Sheldon de The Big Bang Theory também ganhou merecidamente o prêmio de Melhor Ator de Comédia. Também presto minha admiração por Edie Falco, que levou o prêmio de Melhor Atriz de Comédia, por sua atuação em Nurse Jackie. A atriz já havia ganhado um Emmy em outra ocasião, mas como Melhor Atriz Dramática, por seu papel de Carmela Soprano na prestigiada série The Sopranos, mostrando a incrível versatilidade da atriz.

Sem mais falatório, vejam na sequência do post a lista completa dos ganhadores do Emmy Awards 2010.

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